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Ficha de Leitura V - Telma Ourives [18333]

O instrumento de avaliação que precede qualquer tipo de intervenção ou processo de tomada de decisão é a entrevista. A entrevista é um procedimento bastante utilizado, na medida em que pode dar resposta a variadíssimos objectivos, como por exemplo, recolher informação no âmbito da avaliação e da intervenção, indagar acerca de características da personalidade, estratégias, competências, entre outras. Esta é uma das técnicas que se podem utilizar em qualquer contexto, conseguindo a mais variada informação. A entrevista é, pois, uma forma particular de interacção verbal e não verbal entre entrevistador, neste caso o psicólogo, e entrevistado, o cliente/paciente.

A primeira entrevista, é normalmente o primeiro contacto entre psicólogo e cliente, e esta que servirá de base para a elaboração das primeiras hipóteses e consequente planificação da intervenção. Esta primeira entrevista poderá ter variadíssimos objectivos – avaliação de problemas susceptíveis de mudança, estabelecimento de diagnóstico, orientação ou selecção –, dependendo dos contextos onde se utilizam (clínico, organizacional, educacional, etc.).

Importa referir que o psicólogo deve ter em consideração as circunstâncias em que a entrevista inicial foi solicitada, ou seja, se foi solicitada pelo paciente em causa, sugerida ao cliente por outro profissional, ou se lhe foi imposta. Este pequeno pormenor pode fazer toda a diferença, uma vez que a abertura do paciente/cliente ao entrevistador poderá ser condicionada por esse facto. O psicólogo tem, pois, que ter um grande jogo de cintura, uma grande capacidade de adaptação e flexibilidade para conseguir com todo o tipo de pessoas que tem de consultar ou entrevistar, neste caso. É necessária uma grande dose de experiência e competência por parte do psicólogo para lidar com todos os tipos de casos e tipos de pessoas, todas elas diferentes, com maneiras diferentes de pensar, com maior ou menor abertura, como maior ou menor resistência, com problemas maiores ou menores, etc.

A entrevista tem a vantagem, relativamente a outros métodos, do psicólogo/entrevistador estar em contacto directo com o entrevistado, podendo ouvi-lo e ao mesmo tempo observá-lo, lendo-lhe os gestos e diferentes expressões, aprofundando o conhecimento acerca dessa pessoa duma forma mais subjectiva. No entanto, é importante o entrevistador não fazer juízos de valor, nem fazer ilações precipitadas, há que dar tempo ao tempo e auxiliar-se de outros métodos para comprovar as suas hipóteses.

À entrevista estão aliadas duas fontes de erros, por um lado, o facto de a informação obtida através da entrevista se basear em informação dada na primeira pessoa, pelo próprio indivíduo e, por outro lado, a dificuldade que se tem de separar a entrevista enquanto técnica de uma conversa informal/convencional. É imperativo o psicólogo combater esse facto e tomar, desde logo, uma postura profissional enquanto psicólogo, não deixando de ter, como é óbvio, uma atitude empática para com o sujeito.

À semelhança da tarefa de observação, também neste caso foi solicitada pela professora a realização de duas situações de entrevista para compreendermos como se elaboravam guiões de entrevista, como filmávamos, como todo este processo decorre. O nosso grupo resolveu, então, fazer duas entrevistas, uma em contexto clínico com adulto, outra em contexto organizacional. A primeira dificuldade com que nos deparámos foi a realização dos guiões, pois, estas seriam duas situações simuladas e não tínhamos muita informação disponível na testoteca por onde nos poderíamos orientar. Mas, com alguma pesquisa na internet conseguimos fazer os nossos guiões. Realizámos as entrevistas, nas quais posso até dizer que nos divertimos bastante e realmente conseguimos perceber qual a postura a tomar, qual a melhor forma de abordar o cliente/paciente, entre outras coisas.

No entanto, e mais uma vez, acho que era importante termos algum feedback por parte da professora, pois mais uma vez as coisas foram feitas à nossa maneira, da forma que pensámos ser a mais correcta, mas não temos a certeza se realmente as entrevistas devem ser feitas assim. E agora as aulas já acabaram, as notas saem e nós nunca vamos saber se realmente conseguimos ou não alcançar os objectivos delineados pela professora relativamente aos trabalhos efectuados.

Quero também realçar aqui, nesta última reflexão, a importância do trabalho em grupo, este foi deveras proveitoso para mim e acho que para o meu grupo em geral. Este permitiu-nos a troca de impressões, experiências, opiniões e até mesmo o confronto de ideias contrárias, permite pois um espaço de discussão e de evolução de nós mesmos enquanto pessoas individuais e enquanto pessoas inseridas num grupo de trabalho. Deve-se realmente valorizar o trabalho em grupo, pois, cada vez mais, à semelhança dos países europeus, é necessário saber trabalhar em grupo, saber cooperar e colaborar, saber respeitar as ideias uns dos outros e chegar a um consenso.

Ficha de Leitura V - Carla Tanganho [24134]

A presente ficha de leitura tem por temática a entrevista. Ela é o início e o fim de qualquer avaliação psicológica, uma vez que, numa primeira entrevista, é dos dados recolhidos por meio desta técnica que se procede à identificação das variáveis relevantes e à elaboração de hipóteses e, é também através dela que se comunicam ao sujeito os resultados obtidos. Mas no que consiste a entrevista? A entrevista tem subjacente um encontro entre duas ou mais pessoas, que passa por uma conversação, em que uma tem como principal papel formular questões e a outra respondê-las, pelo que existe uma diferenciação clara de papéis. O objectivo é recolher o máximo de informação acerca do respondente. No caso particular da entrevista enquanto instrumento de avaliação psicológica, esta pressupõe a comunicação entre o psicólogo e o paciente/cliente com vista à obtenção de informações acerca deste, as quais se pretendem de qualidade. Tal é proporcionado pela maior ou menor estruturação que caracteriza a entrevista, sendo que entrevistas mais estruturadas garantem maior precisão nas respostas dado o seu carácter mais directivo.

Considero a entrevista um instrumento de recolha de informação extremamente completo, visto que ao mesmo tempo que dispomos do auto-relato do sujeito, podemos observar o seu comportamento e podemos estabelecer uma relação directa capaz de propiciar um clima de confiança entre entrevistador e entrevistado. Tal relaciona-se com a questão da empatia, a qual passa por demonstrar uma atitude de compreensão para com o entrevistado. No entanto, tal não significa deixar-se levas pelas emoções, pelo que é importante saber manter a devida distância. Nesta perspectiva, a entrevista não deve, pois, constituir um mero interrogatório, na medida em que a pessoa que é entrevistada deve sentir-se o mais à vontade possível, por forma a ser sincera relativamente à informação que transmite.

Constituindo a entrevista uma forma de comunicação entre duas ou mais pessoas, é fundamental que o entrevistado entenda devidamente aquilo que lhe é perguntado. Para tal, há que ter em consideração a idade do sujeito a entrevistar, bem como o seu nível cultural e intelectual, pelo que a linguagem utilizada pelo entrevistador deve ser o mais acessível possível ao entrevistado. Este é um aspecto importante, pois o entrevistado poderá começar a responder de forma vaga ou mesmo em oposição àquilo que realmente pensa pelo simples facto de não entender a mensagem transmitida pelo entrevistador. Há que ter ainda em conta que, a partir do momento em que a entrevista pressupõe uma interacção, quer o entrevistador quer o entrevistado, cada um com as suas características pessoais, podem influir no decurso da mesma. Cabe, portanto, ao profissional que tem a seu cargo a condução da entrevista conseguir gerir convenientemente a mesma de modo a que a informação daí obtida seja válida. Daqui se depreende que não é qualquer pessoa que está habilitada para realizar uma entrevista, nomeadamente no contexto de uma avaliação psicológica, uma vez que tal pressupõe preparação, experiência, e uma boa dose de sensibilidade.

Um aspecto que julgo de bastante interesse é o que se relaciona com esta ser uma técnica que tem por base o pressuposto de que eventos do nosso passado podem influir consideravelmente nos nossos comportamentos actuais. Acredito veementemente em tal afirmação e atrevo-me mesmo a dizer que aquilo que somos hoje é fruto de circunstâncias passadas. A entrevista possibilita, assim, uma visão global de todo o percurso do paciente/entrevistado, na medida em que desvenda tudo o que ficou para trás no tempo e não só o que se verifica no presente. Penso que este é o melhor caminho a seguir, ainda mais quando o objectivo máximo de qualquer avaliação psicológica é conhecer aprofundadamente o sujeito que busca tal serviço. Até porque quanto mais soubermos acerca de um sujeito, melhor o poderemos ajudar.

No que respeita ao trabalho de campo que nos foi solicitado no seguimento desta ficha de leitura, e que consistiu na simulação de um role-play entre os vários elementos o grupo, tenho a dizer que apesar das dificuldades sentidas, o resultado final foi, na minha opinião, positivo. Penso que estivemos à altura do desafio e tenho apenas a salientar um aspecto, que se prende com o facto de, a meu ver, esta experiência não ter contribuído em muito para a minha aquisição de competências. Antes de mais, tivemos algumas dificuldades na feitura do guião, pois não conseguimos obter informação suficiente que nos ajudasse na sua realização. Em segundo, como se não bastasse ter de criar as questões de raiz, tivemos ainda de inventar respostas, o que acabou por se tornar ainda mais trabalhoso e retirou alguma verosimilhança à situação. Acho que a experiência teria sido mais enriquecedora se tivéssemos tido a oportunidade de, de facto, entrevistar alguém que não um elemento do grupo. Apesar de tudo, confesso que esta experiência acabou por se revelar um momento algo divertido.

Ficha de Leitura V - Vera Santos [25322]

Durante este estudo tive o prazer de saber o significado da entrevista através da realização da ficha de leitura. A entrevista é um instrumento que antecipa qualquer tipo de intervenção ou processo de tomada de decisão. Ela aceita uma forma interativa mediante o qual realiza o processo de avaliação – intervenção (Casullo e Márquez, 2003).

É um instrumento muito utilizado, na medida que poderá dar resposta a diversos objetivos, como: obter informação ou dar informação em avaliação e intervenção psicológica; averiguar sobre características de personalidade, estratégias, incidentes críticos, habilidades, competências e dados biográficos em processos de selecção; averiguar sobre os aspectos motivacionais, interesses e competências nos processos de orientação; investigar o conhecimento que um especialista emprega quando resolve problemas da sua competência; orientar ou auxiliar e comunicar a clientes ou pacientes os resultados de qualquer processo avaliativo.

Hoje a entrevista é das técnicas mais utilizadas no contexto clínico, sendo um procedimento insubstituível no momento da primeira recolha de informação, sempre que as condições do paciente assim o permitam (Edelstein e Yolman, 1991).

Este instrumento ajuda na recolha de dados através de auto-relatos do indivíduo sujeito que está sendo avaliado.
Pude entender que a entrevista é uma maneira particular de interacção verbal e não verbal entre entrevistador e entrevistado.

No início da avaliação normalmente é realizado a primeira entrevista, podendo assumir várias formas de acordo com os objectivos de cada uma. Os objectivos podem ser avaliação de problemas capazes de mudanças, estabelecimentos de um diagnóstico, selecção e orientação.

Ficou claro para mim neste estudo que o entrevistador é o responsável por dirigir e controlar os aspectos que fazem parte das sequências complexas do comportamento interactivo, isto é, de conhecer e controlar os comportamentos verbais e não verbais, de conduzir a informação procedente destes canais e controlar a distribuição de papéis, tal como assegurar o conhecimento sobre a natureza dos conteúdos inerentes à interacção.

O entrevistador deve ter o conhecimento teórico e as derivações avaliativas, pois é indispensável no momento de realizar a entrevista.
Ele deve administrar a diferenciação de papéis predeterminados, na medida em que a harmonia e/ou diferença social, profissional ou psicológica poderá ter um forte impacto na interacção que se venha a estabelecer entre ambos. Finalmente o entrevistado deve ser interactivo e está preparado para manusear a informação

Já o entrevistado sobressai a relevância da sua disposição para permitir a informação requerida bem como o tipo de elaboração as respostas exigem.

Enfim, neste ficha de não só aprendi através da leitura, mas aprendi também na prática que foi na realização de uma entrevista simulada com uma colega de turma, essa experiência para mim, foi como viver um momento de trabalho na minha futura profissão de psicóloga. Contudo, todo trabalho realizado em função da entrevista foi muito enriquecedor para meu conhecimento e assim será de grande valor no meu quotidiano como futura psicóloga.

Ficha de Leitura V - Fátima Esturrenho [24172 TE]

O artigo “La entrevista” de María Oliva Márquez, foi o último dos artigos que abordaram as temáticas abordadas na disciplina de Modelos e Processos de Avaliação em Psicologia.

A execução da ficha de leitura sobre este artigo permitiu-me consolidar alguns conhecimentos anteriores sobre a execução de uma entrevista e, no contexto da avaliação psicológica conhecer as diferentes funções da entrevista ao longo do processo de avaliação; distinguir os diversos tipos de entrevista (clínica, de selecção, de orientação, etc.), assim como as melhores perguntas que a integrar para averiguar as questões relevantes. Permitiu-me ainda conhecer os erros mais comuns na entrevista e as estratégias existentes para tentar evitá-los e ser capaz de programar, executar e validar uma entrevista num caso concreto.

A entrevista é o instrumento de avaliação que precede qualquer tipo de intervenção ou processo de tomada de decisão num formato interactivo mediante o qual realiza o processo de avaliação.

A entrevista é, assim, um procedimento bastante utilizado, uma vez que poderá dar resposta a diversos objectivos, nomeadamente: conseguir informação ou oferecer informação em avaliação e intervenção psicológica.

Actualmente, é uma das técnicas mais utilizadas no contexto clínico, sendo um procedimento insubstituível no momento da primeira recolha de informação, sempre que as condições do paciente assim o permitam uma vez que é um instrumento que auxilia a recolha de dados através de auto-relatos ou de hetero-relatos do sujeito avaliado, o que revela não só a sua importância, mas também os seus pontos fortes e as suas fragilidades.

O entrevistador é o responsável por dirigir e controlar os aspectos que fazem parte deste complexo processo de avaliação, isto é, de conhecer e controlar os comportamentos verbais e não verbais, de conduzir a informação procedente destes canais e controlar a distribuição de papéis (entrevistador e entrevistado), tal como assegurar o conhecimento sobre a natureza dos conteúdos inerentes ao mesmo.

Como foi abordado nas aulas, o estabelecimento de empatia no primeiro contacto de entrevista é extremamente importante para que o cliente se sinta à vontade para partilhar os seus problemas com o psicólogo. Se não sentir que existe uma compreensão do seu ponto de vista por parte do psicólogo, a relação psicólogo-cliente pode terminar ali, naquela primeira sessão.

Como anexo e para complementar esta ficha de leitura, foi-nos solicitada a tarefa de realizar (por simulação) duas entrevistas, em contextos diferentes, para as quais deveríamos também construir os respectivos guiões e, efectuar as análises correspondentes.

Foi aqui que começaram as dificuldades, uma vez que tal como a professora nos indicou, ao dirigirmo-nos à testoteca para consultar guiões que nos ajudassem na elaboração dos nossos próprios, verificamos que não existia muita variedade e, nas pesquisas que efectuamos na internet, os que encontramos eram também demasiado específicos. No entanto, acabamos conseguindo construir dois guiões: um na área clínica, outro organizacional.

Difícil também foi decidir quem ia representar os papéis de entrevistadoras e de entrevistadas, uma vez que estas tinham que simular uma situação da qual não tinham qualquer experiência. Tentamos para minimizar esse problema documentar-nos através de leituras e conversas com pessoas conhecidas dos assuntos que iríamos abordar nas nossas entrevistas.

Ultrapassado esse problema e realizadas as entrevistas, ficou à semelhança do trabalho realizado com o tema da observação, a falta de acompanhamento competente e posterior feedback ao trabalho realizado, para que pudéssemos perceber se desenvolvemos um bom trabalho, com utilidade prática, se o contexto fosse real.

Ficha de Leitura V - Florbela Estrada [24176 TE]

A entrevista é uma técnica que antecede qualquer tipo de avaliação ou metodologia utilizada em contexto de avaliação psicológica.

A interacção que estabelece entre entrevistador e entrevistado revela-se de grande interesse e resulta em valiosa obtenção de informação. Não é por acaso que é utilizada em diferenciados contextos de avaliação (clínicos, organizacionais), numa multiplicidade de temáticas, consoante o objectivo e/ou comportamento que se pretende avaliar ou mesmo pelo próprio sujeito em análise na procura de obtenção de respostas a questões que considera pertinentes para a sua vida.

Há aspectos a salientar neste método, há semelhança de qualquer dos outros analisados anteriormente. O papel do entrevistador, por exemplo, reveste-se de grande importância. Este tem o papel de “pivot” da entrevista, é ele que conduz a entrevista, devendo para isso preparar previamente as questões a colocar consoante os objectivos e contexto em que a mesma ocorre. Deverá, no decorrer da entrevista permitir alguma fluidez de perguntas e respostas sem no entanto deixar de obter as respostas fundamentais e relevantes para o caso em questão, motivar o participante a colaborar, interagir de forma verbal ou não-verbal mas de forma a não influenciar as respostas (apenas o necessário para estabelecer alguma interacção), ser coerente com as suas atitudes, estabelecer alguma empatia (a suficiente para adquirir a confiança do entrevista e garantir respostas fidedignas e ajustadas), entre outros aspectos. O entrevistador deverá assim, garantir a fiabilidade e validade das respostas obtidas por parte do entrevistado, exigindo estas características, algum treino por parte deste garantindo assim a eficácia da mesma, caso contrário poderá não atingir os objectivos propostos.

Foi proposto ao grupo que simulássemos dois contextos de entrevistas (optámos por realizar uma entrevista em contexto clínico e outra em contexto organizacional) nas quais nos empenhámos em atender às características adequadas a cada uma delas e à sua preparação. O que inicialmente considerámos ser um desafio simples, revelou-se de maior complexidade do que esperávamos, pois dada a falta de prática (um dos aspectos salientados acima) debatemo-nos com algumas dúvidas, bem como a falta de confiança no papel que nos caberia desempenhar. A falta de realismo da situação, que por um lado poderia facilitar, tornou-se outra dificuldade acrescida.

Assim e concluindo, esta experiência revelou-se importante na medida em que nos colocou numa situação em que eventualmente podemos vir a actuar como futuros psicólogos, e salientou aspectos sobre os quais não tínhamos atribuído o valor necessário, dificuldades e pertinência de características, e acima de tudo permitiu-nos percepcionar a importância das funções correspondentes a cada papel desempenhado e para as quais não temos prática (em especial o papel do entrevistador).

Considero que foi pertinente para explorar a capacidade ou falta dela, perante situações semelhantes que possam vir a ocorrer, permitindo-nos uma abordagem, embora muito precoce duma vertente até então não explorada.

Lamento no entanto que não tenha sido realizada uma análise, por um profissional (neste caso a professora) de forma a indicar os aspectos positivos e negativos da forma como as mesmas foram trabalhadas, na medida em que isso nos iria permitir corrigir os aspectos negativos e menos adequados no decurso das mesmas.

Ficha de Leitura III - Carla Tanganho [24134]

A elaboração da presente ficha de leitura deu-nos a conhecer aquele que é o método de recolha de informação por excelência: os auto-relatos. Estes consistem, basicamente, no relato de pensamentos, sentimentos, etc., por parte do sujeito que os vivencia. No entanto, apesar da diversidade e riqueza dos dados que oferecem, a subjectividade que lhes é inerente tem sido a principal crítica que lhes é apontada.

Distinguem-se por oferecerem um acesso directo a informações acerca da vida do sujeito que, de outro modo, seria de todo impossível conhecer. Algo a ter, pois, em consideração aquando da utilização desta técnica de recolha de informação são os processos de memória e as limitações inerentes a esta. Isto porque todo o processo de auto-relato implica um maior ou menor esforço de recordação por parte do sujeito, consoante a informação acerca da qual é questionado se encontre mais ou menos acessível na sua memória. A memória auto-biográfica è aquela que sofre uma maior activação, uma vez que se encontra directamente ligada aos acontecimentos que constituem o percurso de vida do sujeito. No entanto, esta nem sempre se encontra disponível, pelo que um aspecto que é importante não esquecer é o de que não podemos contar com a total veracidade daquilo que o sujeito relata. Tal encontra-se relacionado com a questão da elaboração do sujeito relativamente à informação que transmite, a qual pode revelar-se uma relevante fonte de erro. Outro tipo de memória a que o sujeito tem necessariamente de recorrer a fim de expressar o que pensa é a memória semântica, a qual possibilita ao avaliador captar o sentido que o sujeito atribui às suas memórias, bem como a representação que tem de si mesmo.

Os auto-relatos variam quanto ao grau de estruturação que podem apresentar. Dentro daqueles que se consideram estruturados temos as escalas. Nestas, o indivíduo é levado a posicionar-se perante um conjunto de afirmações que se encontram sob a forma de uma lista, sendo que é bastante importante que os itens que as constituem sejam o mais concreto possível. No que respeita aos menos estruturados, de que são exemplo os auto-registos e a entrevista, o sujeito possui uma maior liberdade de expressão, por assim dizer, pois são já requeridas as suas capacidades comunicativas. A partir do momento em que o sujeito tem de se exprimir utilizando as suas próprias palavras, torna-se mais fácil para o avaliador saber ainda mais acerca do mesmo, uma vez que o tipo de linguagem empregue e, sobretudo, a forma como uma pessoa fala podem ser bastante reveladoras acerca de si, da sua forma de ser, do modo como encara as mais diversas situações. Considero, pois, que os auto-relatos, ao permitirem uma apreciação qualitativa, permitem o reconhecimento da pessoa enquanto indivíduo único que é.

Apesar de todas as vantagens desta técnica, a subjectividade que lhe é própria constitui um problema no que respeita à interpretação da informação assim recolhida. A desejabilidade social é um destes problemas, pois o sujeito pode não ser completamente sincero no respeitante à posição que assume derivado do facto de querer que esta seja reveladora daquilo que é socialmente aceite. No entanto, penso que tal poderá, também, ser revelador de certas características pessoais do sujeito.

Concluindo, percebi que o auto-relato constitui um importante método de obtenção de informação por parte do sujeito, ainda que pressuponha uma constante vigilância por parte do psicólogo, pois muitas vezes aquilo que o sujeito relata pode não corresponder verdadeiramente àquilo que ele pensa e sente.

Ficha de Leitura III - Telma Ourives [18333]

Um auto-relato refere-se a uma mensagem verbal que um sujeito emite sobre qualquer tipo de manifestação própria. Este é um dos métodos que se podem utilizar em psicologia para avaliar o comportamento de determinada pessoa, a fim de fazer inferências sobre o mesmo e de talvez delinear um plano de intervenção.

Os auto-relatos são vantajosos na medida em que permitem recolher informação variada acerca, não só de comportamentos motores e respostas fisiológicas, como também acerca das suas experiências subjectivas, emoções, pensamentos e cognições. No entanto, e apesar de ser verdade que só através do próprio indivíduo se pode ter acesso aos seus pensamentos, às perspectivas que tem relativamente às suas experiências, este método não é dos mais fiáveis. É, pois, realmente difícil avaliar os comportamentos das pessoas tendo em conta apenas e só o que elas nos contam ou mostram e o facto de estarmos a avaliar comportamentos com base no que as pessoas nos dizem, pode levar a enviesamentos, como por exemplo, as pessoas podem dizer não o que realmente pensam, mas sim o que acham que é socialmente correcto dizer ou pensar (desejabilidade social).

São cinco os tipos de auto-relatos: questionários, inventários e escalas; auto-registos; pensamentos em voz alta; entrevistas; e, a autobiografia. Cada um deles é seleccionado conforme o tipo de informação que se quer recolher. No caso da entrevista, a mais importante dentro dos auto-relatos, esta é talvez uma das técnicas mais abrangentes, na medida em que se adaptam a quaisquer contextos, podendo abordar-se vários aspectos acerca do que se pretende avaliar. Neste caso, é também importante realçar a existência da interacção entre entrevistador e entrevistado, uma vez que esta interacção possibilita a recolha de informação não só de cariz de verbal, mas também de cariz não verbal acerca do indivíduo.

É também importante referir que o tipo de perguntas que o avaliador coloca e o tipo de linguagem que utiliza poderão influenciar o tipo de respostas dadas pelo indivíduo e o fornecimento ou não de informações relevantes, logo, é imperativo que o avaliador tenha esse factor em conta a fim de utilizá-lo da melhor forma. Numa primeira fase de avaliação, é mais aconselhável a utilização de perguntas não-estruturadas, pois, estas dão uma maior liberdade ao indivíduo avaliado, podendo-se expressar livremente. No entanto, em fases posteriores é necessária uma certa dose de estruturação a fim de especificar e operativizar os comportamentos do indivíduo.

Já, por exemplo, no caso da autobiografia, em que o sujeito narra a sua história de vida, o avaliador tem que ter em consideração o tempo a que os acontecimentos se reportam, uma vez que é difícil relembrar fielmente as situações passadas. Assim, o que o sujeito nos conta poderá não corresponder totalmente à verdade, não porque não queira, mas sim porque a nossa memória não é infalível e o nosso cérebro tem tendência para criar a nossa realidade, recriando os acontecimentos passados, acrescentando e retirando factos.

Concluo, assim, que apesar de os auto-relatos serem muito úteis, visto que é através da comunicação verbal que o psicólogo poderá conhecer o indivíduo mais a fundo, deixam também muito a desejar, na medida em que apenas parte dos acontecimentos acerca dos quais o indivíduo nos informa poderão ser comprovados/contrastados.

Ficha de Leitura III - Vera Santos [25322]

O auto-relato, tema desta ficha de leitura de R. Fernandez-Ballesteros, me fez entender que significa uma manifestação verbal do indivíduo, seja ela através condutas motoras, respostas fisiológicas, pensamentos ou cognições, emoções, e/ou experiências subjectivas relacionadas com determinadas acções ou comportamentos. Essas manifestações verbais são também consideradas como expressão de construções inconscientes. Através dele podemos descobrir experiências internas num indivíduo, ter acesso a informações de experiências subjectivas, como a uma infinidade de eventos internos e externos e tanto subjectivos como objectivos, tornado-o assim na categoria metódica mais diversificada e rica e, também, com muitas complexidade e difícil de valorizar na visão científica.

Esse método foi usado durante os primeiros anos da psicologia em laboratórios por funcionalista e estruturalistas para investigar os elementos da consciência, depois foram rejeitados pelos condutistas Watson e Skinner e resgatados pelo condutismo da terceira geração.

Seja qual for uma informação verbal ou resposta a uma pergunta sobre nós, envolve processos de memória, pensamento e linguagem. Na memória a informação é guardada em diferentes estruturas: memória sensorial que tem curta duração, memória de curto prazo com capacidade limitada e memória de longo prazo que tem uma capacidade ilimitada armazenamento.

Quando um indivíduo nos transmite uma informação, ela foi processada, obrigatoriamente estava disponível ao indivíduo. Não sendo todos os processos internos de acesso.

A mensagem verbal que o indivíduo emite sobre si próprio depende da informação que será solicitada pelo avaliador e das induções convincente que este faz acerca da informação fornecida.

A avaliação comportamental dirige-se à análise funcional de transtornos de conduta, e nesse sentido, construiu-se uma série de auto-relatos com o objectivo de avaliar distintos transtornos de conduta como medos, depressão, etc. A forma mais frequente de se obter auto-relatos, é o contexto artificial. Os questionários, inventários, escalas e outras técnicas de auto-relatos devem ser administrados em condições padrão, e assim o indivíduo não é incomodado no decorrer da sua prestação, nem as suas respostas são influenciadas por terceiros. São considerados como sendo de laboratório os autos-relatos, em situação experimental manipulada em laboratório, o indivíduo produz manifestações verbais sobre si, quanto a uma situação concreta. Neste procedimento são utilizados: testes situacionais, role-playing e tarefas cognitivas. O objectivo principal destes testes é recolher amostras de condutas motoras no momento da sua ocorrência, podendo, no entanto, registar-se também auto-relatos sobre a experiência subjectiva dos indivíduos. Onde os autos-relatos permitem que as manifestações verbais do indivíduo relativamente às suas respostas motoras, fisiológicas e cognitivas ocorridas no dia-a-dia, sejam registadas no momento em que ocorrem ou pouco tempo depois, é no contexto natural. Caso o avaliador esteja no momento dessa, poderá registrá-las pessoalmente, caso contrário, o indivíduo poderá efectuar anotações e entregá-las posteriormente ao avaliador. Todo o auto-relato pode ser considerado como um conjunto de respostas a uma série de estímulos. As cinco categorias que os auto-relatos estão divididos são: o conjunto constituído por questionários/inventários/escalas, auto-registros, pensamento em alta voz, entrevista e a auto biografia. Enfim nessa técnica utilizada no intuito de obter informações na avaliação psicológica, podem haver erros, devendo então ser controlado pelo avaliador.

Ficha de Leitura III - Fátima Esturrenho [24172 TE]

“Se quiseres saber da experiência interna de uma pessoa, talvez o método mais directo seja perguntar-lhe”

(Kleinmutz, 1967)


Ao ler este texto para elaborar a terceira ficha de leitura fiquei com a ideia de que posso afirmar sem dúvida, que os auto-relatos são um procedimento simples e bastante abrangente, e que podem ser utilizados por todas as áreas da psicologia uma vez que permitem avaliar uma grande diversidade de comportamentos motores, psicofisiológicos e cognitivos. Proporcionam ao psicólogo avaliador vários tipos de informação, no entanto torna-se difícil de comprovar a sua totalidade, sendo por vezes necessário que esta seja complementada com outros conhecimentos e técnicas, visto a informação que deles provém tem origem directamente no próprio sujeito que é analisado.

Os auto-relatos, por terem um carácter muito subjectivo, uma vez que o sujeito avaliado recorre a processos de introspecção e recuperação para responder, podem levar a erros de avaliação. Os erros de avaliação mais comuns são a simulação, quando deliberadamente o sujeito poderá responder de acordo com o que mais lhe convém que seja verificado, ou ainda por razões pessoais, não querer, ou não se sentir ainda capaz de revelar certas questões e a desejabilidade social, quando o sujeito tende a responder de acordo com o que é mais desejável socialmente. Outra situação a considerar, pode prender-se com as expectativas do sujeito sobre aquilo que o avaliador espera de si e às suas próprias concepções quanto à avaliação.

É importante também realçar, que apesar de o sujeito objecto de estudo dos auto-relatos ser o principal interveniente, também o papel do avaliador é essencial, uma vez que a sua forma de interagir com o sujeito e o seu conhecimento na hora de interpretar os resultados são fundamentais.

Outro ponto que considerei interessante neste capítulo foi a utilização de perguntas estruturadas, semi-estruturadas e não-estruturadas dentro dos auto-relatos, que devem ser aplicadas consoante a especificidade do caso em avaliação. Desse modo, apesar de as perguntas estruturadas serem mais utilizadas nos auto-relatos, as semi-estruturadas e não-estruturadas conferem uma maior flexibilidade e liberdade ao sujeito, permitindo também um maior número de informações para o avaliador.

Torna-se assim difícil fazer generalizações acerca dos auto-relatos, na medida em que, apesar de existirem algumas características comuns, se verifica uma grande variedade ao nível do seu conteúdo, nomeadamente no que concerne à forma de fornecer e obter informação, bem como ao seu tratamento.

No que respeita a dificuldades encontradas com a elaboração desta ficha de leitura, destaco sem dúvida a dificuldade em sintetizar toda a informação encontrada no artigo que nos serviu de base, por este apresentar uma linguagem muito técnica e muitos exemplos para ilustrar os assuntos abordados e, ter sido para nós muito difícil “escolher” aquilo que seria mais importante ou mais esclarecedor do seu conteúdo, pensando nesta ficha de leitura como documento de estudo futuro para nós ou para outros.

Ficha de Leitura III - Florbela Estrada [24176 TE]

A técnica de avaliação psicológica designada de auto-informes (auto-relatos) constitui um método avaliativo muito rico em termos informativos, mas também de grande complexidade e validação científica. Na medida em que pressupõe uma descrição, narração, comportamentos, entre outros, na primeira pessoa, essa informação poderá estar sujeita a diversos inviesamentos (tanto por parte do observador como do observado) e manipulação (muitas vezes de forma consciente) por parte de quem a descreve.

No entanto, esta técnica é bastante utilizada e reveste-se de extrema importância, nomeadamente na primeira avaliação, na medida em que permite efectuar uma avaliação sobre o problema em causa, condutas responsáveis pelo mesmo, bem como estímulos ambientais e/ou outros que lhe estejam afectos. Resulta duma introspecção realizada pelo próprio indivíduo em questão, que sente e actua consoante os estímulos a que se encontra sujeito e avalia as suas próprias experiências. Cria-se com esta metodologia, as condições para que o indivíduo efectue a sua própria auto-observação.

Este método, pelas suas características, pelas características do próprio ser humano e pelas condicionantes impostas pela sociedade poderão estar sujeitas a diferentes distorções (fontes de erro). Assim, com vista a obter resultados fidedignos que possam ser considerados válidos, é fundamental que o avaliador recorra a outras técnicas (e.g. psicométricas – testes de personalidade consoante o objectivo da avaliação em causa) com vista a comprovar e validar as respostas obtidas, bem como efectuar comparações, relativamente a atitudes, comportamentos e formas de pensar, com outros grupos.

A elaboração deste relatório facultou-me informação pertinente sobre as vantagens, condicionantes e diferentes estratégias disponíveis na aplicação desta técnica de avaliação psicológica, aparentemente tão simples e credível. Da mesma forma elucidou-me sobre a importância do papel desempenhado pelo próprio avaliador, aquando da aplicação do mesmo. Cabe a estes analisar qual a metodologia adequada a cada caso, valendo-se das diferentes técnicas que possam controlar a informação recolhida e compará-la com outros grupos de análise, obtendo assim controle sobre a credibilidade das mesmas.

Há que salientar no entanto, que esta técnica é também utilizada em paralelo, ou como ponto de partida nas avaliações que são efectuadas com recurso a outras metodologias de avaliação psicológica. Estas constituem assim um importante recurso avaliativo, sendo de considerar aspectos como a motivação do indivíduo e o controle do nível de inferências por parte do indivíduo e do avaliador.

Ficha de Leitura IV - Telma Ourives [18333]

A observação constitui outro dos métodos de recolha de informação que se podem utilizar no decorrer de uma avaliação psicológica.

A observação consiste, então, na percepção e obtenção deliberadas de amostras de comportamento de determinado sujeito, por um observador treinado (participante ou não participante) ou por pessoas próximas do observado. A observação poderá ser feita em situação natural ou numa situação análoga/artificial. No caso desta última, o ambiente é recriado de maneira a proporcionar informação acerca de comportamentos e situações comparáveis às de situação natural. Todas as observações devem ser feitas de forma sistemática.

A observação em contexto natural é preferível relativamente à em contexto artificial, visto que o sujeito observado estará no seu “habitat” natural e provavelmente comportar-se-á de forma normal, como se não estivesse a ser observado. No entanto, poderá acontecer também que o indivíduo ao saber que está a ser observado, mesmo em ambiente natural, não se comporte da mesma forma, o que vai enviesar os resultados. Nestes casos, muitas vezes, são designadas pessoas próximas ao indivíduo para realizar a observação, na medida em que o sujeito sentir-se-á mais à vontade, não modificando assim o seu comportamento. Porém, esta situação também traz algumas desvantagens, visto que as ilações feitas pela pessoa próxima do sujeito observado poderão não ser objectivas e não corresponderem totalmente à verdade. Assim, percebemos que planear uma observação não é tarefa fácil e se o observador não tiver os conhecimentos necessários, esta pode não resultar da melhor forma, tornando-se assim, numa fonte de erros.

A observação deve ser, então, planeada mediante um protocolo que abarque as várias fases deste processo, levando em consideração diversos aspectos, tais como: as unidades de medida que vão ser utilizadas, as técnicas de recolha de informação, quem e o quê vai ser observado, quando e onde vai ser realizada essa observação e durante quanto tempo, quem vai observar e como vai ser apreciada a qualidade das observações.

Aquando da actividade proposta pela professora – fazer uma observação de um comportamento, pensei que não seria nada do outro mundo visto que ainda não tínhamos terminado a ficha de leitura e não sabíamos muito bem qual o procedimento a seguir. No entanto, e ao contrário do que pensava, fazer uma observação não é uma tarefa muito fácil, pois, esta exige todo um planeamento muito complexo, o que veio dificultar a nossa tarefa. Esta experiência foi enriquecedora na medida em que me permitiu sentir a responsabilidade que é fazer uma observação. As conclusões daí retiradas podem condicionar e influenciar de forma positiva ou negativa, consoante as decisões tomadas e o treino dos observadores, um processo de intervenção, por exemplo.

Tenho, no entanto, a referir que apesar de ter gostado da experiência senti-me um pouco “aprendiz de mim mesma” (ou das minhas colegas), pois todas nós sentimos que não tínhamos os conhecimentos necessários para fazer uma observação. Esta insegurança foi acentuada pelo facto de não recebermos feedback algum por parte da professora, logo, não temos a certeza se a observação que fizemos e as decisões que tomámos foram as mais correctas ou não. Esta tarefa poderia ter sido realizada da mesma forma, no entanto, acho que após a realização da mesma, deveríamos ter, por exemplo, uma aula em que nos fosse possível trocar impressões, experiências e metodologias utilizadas com os nossos colegas e a professora de forma a entender se o caminho que utilizámos foi o mais correcto ou não.

Ficha de Leitura IV - Carla Tanganho [24134]

A elaboração da ficha de leitura nº 4 ofereceu-nos um novo olhar acerca de algo que tão comummente fazemos no nosso dia-a-dia: observar. Não existe um único dia da nossa vida que não o façamos. Para percebermos de facto a sua importância, basta pensarmos que existe tanta coisa que aprendemos pela simples observação de outros, e que o observar nos permite um contacto privilegiado com tudo o que nos rodeia. No entanto, a observação de que aqui falamos é aquela que serve os propósitos da Psicologia: conhecer e compreender o ser humano. Ela é, pois, dotada de um método, o que torna possível que as conclusões que se obtêm por esse meio sejam dotadas de uma maior credibilidade.

Enquanto técnica de avaliação psicológica, a observação possui um papel privilegiado no que concerne à obtenção de informação acerca de um indivíduo. Isto porque pressupõe, antes de mais, o contacto (directo ou indirecto) com a pessoa que é objecto de observação, além de que muito se pode extrair da simples forma como uma pessoa se comporta: percebemos as emoções associadas àquilo que o sujeito relata, percebemos os temas com os quais não se sente à vontade, percebemos traços gerais de personalidade, entre outros. Neste sentido, ela encontra-se, de alguma forma, relacionada com outras técnicas de recolha de informação no âmbito da Psicologia, pois no decorrer de toda uma entrevista, por exemplo, ela reveste-se de particular importância no que respeita a captar aquilo que o sujeito deixa de dizer em palavras e diz apenas por gestos ou expressões.

Contudo, a observação enquanto técnica de recolha de informação por si só, e não apenas como complemento de outra, engloba todo um conjunto de procedimentos que a dotam do espírito científico característico da Psicologia, mais concretamente da avaliação psicológica. Assim, é necessário realizar toda uma série de passos com vista à obtenção de informação válida. Afigura-se, pois, de extrema importância o estabelecimento de todo um protocolo, o que começa pela definição da unidade de observação, da unidade de medida, da técnica a utilizar, do local da observação e do tempo que vai decorrer desde o seu início até ao seu término, sendo que da definição da primeira derivam todas as outras. Percebemos, então, a complexidade por detrás de todo o processo observacional, nomeadamente no que passa pela sua preparação.

Apesar de todas as fases que a constituem serem, obviamente, insubstituíveis, penso que a definição da técnica de registo do comportamento a observar se reveste de particular importância, pois a sua adequabilidade é algo fulcral no que respeita a evitar possíveis enviesamentos. Contudo, não é este o único factor a ter em causa quando falamos de possíveis fontes de erro no âmbito da observação. Também o treino do observador, o seu grau de participação na observação, as suas expectativas e mesmo características gerais podem influenciar a forma como os dados serão obtidos. Tal conduz, inevitavelmente à seguinte questão “Será que dois observadores diferentes recolheriam a mesma informação acerca de um mesmo comportamento? Obteriam os mesmos dados?”. Penso que apesar da existência de todo um conjunto de regras a seguir para a realização de uma observação, cada observador não deixa de ser uma pessoa singular, com as suas vivências muito particulares, os seus valores, os seus gostos. É, pois, essencial uma grande dose de imparcialidade por parte do profissional que observa, de modo a que as conclusões que retire de uma determinada observação sejam as mesmas que retiraria outro observador nas mesmas circunstâncias.

Relativamente ao trabalho prático que nos foi solicitado no seguimento desta ficha de leitura, tenho a dizer que tanto eu como os restantes elementos do grupo sentimos muitas dificuldades na sua execução. Não que a observação em si tenha sido difícil (apesar de requer bastante atenção), mas no que respeita, por exemplo, à forma como deveríamos registar e apresentar os resultados obtidos sentimo-nos um pouco “às escuras”. Sabíamos qual a técnica de registo que melhor se adequava ao comportamento que queríamos observar, mas desconhecíamos a forma como deveríamos, na prática, registar o mesmo. Por outras palavras, sabíamos que deveríamos recorrer a um registo de conduta, apenas não sabíamos qual a forma de o realizar tendo em conta o comportamento em análise. Acabámos por fazer uma tabela que nem sabemos se terá sido adequada à técnica de registo escolhida. Porém, apesar desta dificuldade em particular, penso que este trabalho acabou por ser útil na medida em que conseguimos perceber as dificuldades reais associadas ao trabalho de um psicólogo aquando de uma observação.

Ficha de Leitura IV - Vera Santos [25322]

Na realização desta ficha de leitura sobre a observação, pude extrair que se trata de uma técnica fundamental do método científico.

Essa observação realiza-se sobre todo o contínuo de conduta, registando descritivamente parte dos acontecimentos que ocorrem no contexto natural nas amplas unidades de tempo.

Para se observar um sujeito, o observador tem que ser treinado. Existem vários objectivos a ser realizado e pode ser diversificado, como uma pessoa, um grupo, uma instituição etc. Porém não se pretende medir as pessoas como objectos, mas sim medir as suas condutas num dado momento mais amplificado ou mais real.

As distintas operações que o observador pode realizar são: descrição, classificação, transformação inferencial. As interacções entre as actividades das pessoas e os elementos do ambiente que são estímulos físicos e sociais, podem igualmente ser considerados unidades de análise.

Também pude arrancar que numa perspectiva ecológica naturalista o objectivo é observar todo o contínuo de conduta com a finalidade de registar, de forma descritiva, a maior parte dos acontecimentos que ocorrem num contexto natural em amplas unidade de tempo. Independente de observar o comportamento, interacções, atributos, na altura de dar uma versão quantificada das mesmas, terá que se proceder à selecção das unidades de medida que vão ser adoptadas. Que são ocorrência, ordem, frequência, duração, dimensões qualitativas.

Anguera (1981, 1990), diz que a observação deve ser realizada segundo um plano em que, num primeiro momento, esta será realizada com a finalidade de entender quais os eventos relevantes que devem ser observados no objectivo de avaliação. Os auxílios de vários instrumentos de recolha de dados observacionais que dispomos são os registos narrativos, as escalas de apreciação.

Enfim, a técnica da observação é muito importante, no trabalho do psicólogo por possuir várias formas de extrair dados de um sujeito que se propõe a avaliação.

Participar deste trabalho para mim foi muito interessante, principalmente porque fizemos uma parte dele na prática, através de uma observação real, na qual foi registado todas as condutas de uma funcionária da biblioteca na universidade.

Foi muito satisfatório para mim, aprender e realizar na prática este trabalho de um tema tão rico em informações. Tenho certeza que será de muito valor e me trará muitos benefícios na minha vida profissional.

Ficha de Leitura IV - Fátima Esturrenho [24172 TE]

Como vimos em capítulos anteriores, os testes e todos os processos de avaliação psicológica têm uma grande componente de observação.
Aprendi que a observação consiste na percepção deliberada do comportamento de um determinado sujeito, por um observador treinado, com vista ao registo dos comportamentos observados, a partir dos quais se podem obter respostas, no seguimento das quais se podem efectuar inferências de diversos níveis relativamente ao facto em observação.
A definição das dimensões de observação e a situação (natural ou artificial) em que esta deve acontecer permitem ainda definir a sua qualidade e rigor. Devem ainda ficar bem definidas as unidades a observar e de que forma devem ser medida e como devem ser registados os resultados.

Ao abordar este capítulo apercebi-me que se torna importante conhecer reconhecer os principais erros da observação e também elaborar estratégias que os possam resolver.

Em aulas anteriores falamos de alguns desses erros e demos alguma importância às heurísticas. Foi-me possível apreender através deste tema que muitas vezes o avaliador, ao não se dar conta da sua susceptibilidade para errar, acaba por formular a sua avaliação com base em dados erróneos e, consequentemente, prejudicará o seu cliente, ou a avaliação do caso do seu cliente.

Fiquei de alguma forma preocupada com a ênfase que se dá à experiência do observador, visto que um dia, quando me tornar psicóloga, não terei inicialmente muita experiência a vários níveis. Esta preocupação agrava-se, sobretudo, porque a observação é um método essencial em avaliação psicológica, independentemente do modelo teórico do avaliador e, por isso mesmo, deve ser feita com qualidade e o máximo de exactidão possível. Apesar disso, traz-me algum conforto que numa observação, seja aconselhável mais que um observador. No entanto, segundo li, isto poderá trazer tanto vantagens como complicações, podendo haver divergência entre a opinião dos observadores. Assim, por exemplo nos registos narrativos, os observadores podem utilizar descrições verbais distintas para um mesmo comportamento ou padrão de comportamento, ou seja, os observadores podem categorizar a mesma situação como situações distintas.

Uma outra técnica que a meu ver é um quanto subjectiva e imprecisa e susceptível de alguns erros são os registos de conduta, em três aspectos aqui descritos como a falta de precisão das condutas a observar, a inexequibilidade referente a condutas de alta frequência ou mesmo devido ao grande número de condutas a observar e, por último, quando a frequência de um comportamento é baixa pode também prejudicar a capacidade de atenção do observador.

Posto tudo isto, para que se possam realizar inferências válidas, torna-se necessário, que se utilizem outros métodos, como questionários, entrevistas, auto-registos, etc., para que se possa realizar a posterior contrastação dos resultados obtidos.

Como complemento a esta ficha de leitura, foi-nos solicitada a realização na prática de uma situação de observação. Através da leitura do artigo de apoio à ficha de leitura, tivemos acesso à informação de como se deveria proceder e quais as etapas a considerar. No entanto, para a aplicação na prática dos conceitos, os esclarecimentos foram escassos. Na falta de um exemplo prático, que nos ajudasse a perceber como poderíamos organizar a nossa observação, resolvemos aproveitar uma situação à qual já algumas vezes havíamos prestado atenção e a partir daí executar o nosso trabalho prático.

Observámos e registámos como referimos em anexo à ficha de leitura, o comportamento, algo repetitivo de uma das funcionárias da biblioteca onde nos costumamos juntar para trabalhar.

Na minha opinião pessoal, a realização deste trabalho não me ajudou muito a perceber a função e o objectivo da observação num processo de avaliação psicológica, porque dele não houve tratamento posterior que pudesse levar à constatação de resultados.

Ficha de Leitura IV - Florbela Estrada [24176 TE]

A observação constitui uma das diferentes técnicas de avaliação psicológica bastante utilizada.

Em termos de senso comum e sabedoria popular esta constitui um dos métodos comummente utilizado no nosso dia-a-dia, a qual funciona de forma quase automática e sem que, grande parte das vezes, o avaliador e/ou avaliado se aperceba disso. É pratica corrente efectuar uma primeira análise sempre que somos confrontados com um sujeito, mesmo que de forma acidental ou não intencional (pelo menos de forma consciente), que nos desperta atenção por qualquer razão. É comum fazerem-se avaliações físicas e mesmo de algum carácter psicológico.

No entanto, para que a observação constitua uma técnica de avaliação psicológica com de carácter científico (logo considerada válida em termos avaliativos) terão que ser considerados alguns critérios, métodos e técnicas a utilizar com vista à validação dos seus resultados.

A observação em contexto de avaliação psicológica constitui uma técnica bastante utilizada e considerada muito útil. No entanto também requer grande rigor e controle de erros e/ou inviesamento, os quais poderão ocorrer tanto por parte do observador, como do observado.

Há que considerar numa fase muito precoce da observação, alguns aspectos fundamentais, como: o que observar; o que se pretende medir; como e onde efectuar a observação. As duas situações possíveis de observação são as realizadas em contexto natural ou em situação controlada. Qualquer delas tem vantagens e desvantagens e deverão ser consideradas em função do objectivo da avaliação, sendo que a primeira nos fornece uma maior validade externa, a segunda pelo contrário condiciona este tipo de validade e torna-se mais implícita a obter resultados ao nível da validade interna do sujeito observado, na medida em que não podemos descorar o carácter único de cada indivíduo.

O rigor e fidelidade das técnicas de observação permitirão assim obter um maior ou menor nível de validade dos resultados. A aplicação desta técnica pressupõe considerar, apesar da observação por norma poder ser dirigida apenas a um indivíduo, um conjunto de circunstâncias e contextos ambientais e sociais do sujeito observado, bem como relatos de pessoas que lhe são próximas a pedido do avaliador ou relatadas após observação não intencional, bem como outros métodos de recolha de informação (cartas, diários, etc..).

Em qualquer das situações cabe ao observador ser criterioso nas técnicas a introduzir e selectivo na informação recolhida e considerada pertinente para o caso ou situação.

Uma das técnicas de reprodução artificial duma situação natural é a designada de role-playing (ensaios de conduta). Foi com base nesta técnica que a Professora desafiou os alunos a reproduzirem. Assim, e como consta do nosso relatório de grupo foi observada uma senhora bibliotecária, à qual já tínhamos atribuído um comportamento um pouco “bizarro”.

Esta observação foi realizada durante um curto espaço de tempo e na qual foi registada a regularidade com que o comportamento em observação ocorreu, descorou-se no entanto o facto da pessoa em questão não saber que estava a ser observada, com o objectivo de que ela não alterar aquele comportamento habitual em específico, pelo facto de ter conhecimento da observação (apesar de conscientes da necessidade de consentimento informado por parte desta).

No entanto, considero que poderia ter sido uma experiência bastante mais enriquecedora se tivéssemos conhecimentos sobre o que fazer com os dados observados. Dada a falta de informação sobre as técnicas de análise a utilizar, em concreto sobre a forma de analisar os resultados, a nossa experiência ficou um pouco aquém das minhas expectativas.

Tal como referi inicialmente, a observação é uma técnica que permite efectuar avaliações sobre um determinado sujeito e é aplicada diariamente de forma comum, mas apenas nos permite obter resultados subjectivos, informais, não fiáveis e sem qualquer objectivo de utilização dos mesmos.

Pelo contrário, esta técnica, como método de avaliação psicológica implica um elevado rigor e fiabilidade visando a obtenção de resultados possíveis de serem generalizados e assim efectuar comparações entre sujeitos com o objectivo de modificar, orientar ou analisar comportamentos, acções, consoante o contexto e objectivos da própria avaliação.

Ficha de Leitura II - Carla Tanganho [24134]

A presente ficha de leitura, cuja temática são as técnicas psicométricas, nomeadamente os testes psicológicos, permitiu-me compreender melhor estes importantíssimos instrumentos de trabalho inerentes à actividade de um psicólogo. O facto de virem a ser aperfeiçoados há já mais de um século reflecte bem a evolução que sofreram desde então, bem como o interesse secular depositado na compreensão dos fenómenos relativos à cognição e conduta humanas. Graças a eles, é possível alcançar respostas para certas questões antes em aberto, é possível obter orientações no sentido de um conhecimento mais aprofundado acerca da pessoa que é objecto de avaliação, bem como de um acompanhamento centrado nas verdadeiras necessidades da mesma.
Relativamente a outras técnicas psicométricas, os testes caracterizam-se pela sua objectividade, estandardização, quantificação e necessidade de estruturação. Tais particularidades revestem-se de extrema importância, uma vez que um dos principais objectivos destes testes é permitir a comparação entre sujeitos, isto é, entre o sujeito avaliado e outros avaliados anteriormente. A sua eficácia encontra-se, assim, dependente da presença daquelas características, bem como do cumprimento de um conjunto de etapas essencial à sua elaboração. Aqui, afigura-se de particular relevância definir, antes de mais, o fim ao qual se destina o teste em causa. Penso, pois, que se poderá afirmar que o seu carácter dotado de rigor e cientificidade diferencia estes instrumentos de outros existentes no domínio da avaliação psicológica.

Os testes poderão ter a pretensão de caracterizar um indivíduo em termos de traços psicológicos (testes de personalidade), avaliar o seu nível de inteligência (testes de inteligência), bem como vários factores a ela associados (o que inclui o tipo de processamento utilizado na resolução de diversos problemas), ou ainda averiguar competências. Porém, não basta conhecer as regras de aplicação de um teste para o aplicar. Se assim fosse, qualquer pessoa na posse do seu manual se acharia em posição de o empregar. Além de todo um conjunto de procedimentos que é preciso conhecer e cumprir, é essencial, a meu ver, uma certa dose de sensibilidade, intuição e mesmo perspicácia, uma vez que nos encontramos perante o terreno delicado e muitas vezes ambíguo que é o comportamento humano. Também os conhecimentos teóricos adquiridos ao longo do curso de Psicologia nos auxiliarão nesta tarefa, uma vez que é impossível exercer a prática sem qualquer teoria.

Outra questão que penso ser de interesse é a que se prende com o facto de os testes por si só não oferecerem uma descrição ou diagnóstico completos, devendo, pois, ser complementados por outras técnicas de cariz mais subjectivo, mas também mais compreensivo, na medida em que permitem uma apreciação, por assim dizer, mais fiel e verdadeira da pessoa em causa.

Basicamente, considero que os testes psicológicos constituem instrumentos fiáveis e necessários no âmbito da psicologia aplicada, no sentido em que constituem mecanismos adjuvantes do trabalho do psicólogo, qualquer que seja a sua área, pois permitem-lhe uma rápida recolha de dados de interesse acerca de um indivíduo, ao mesmo tempo que garantem a objectividade dos mesmos. Ainda assim, é da minha opinião que constituem apenas um complemento no que respeita à obtenção de informação junto de um qualquer indivíduo.

Ficha de Leitura II - Vera Santos [25322]

Neste estudo de técnicas psicométricas aprendi que essas técnicas são testes psicológicos e que durante as primeiras 5 décadas a história da avaliação psicológica esteve relacionada de forma muito significativa com o desenvolvimento dos testes, os quais têm desempenhado um papel importante na psicologia aplicada.

Devemos sempre realizá-los cumprindo cada parte do processo com fidelidade.
Nele existe um material que contém as instruções, a forma de aplicação e interpretação de maneira padrão, sendo assim os resultados das pessoas avaliadas não ficam dependendo do profissional que o aplique.

Nesses testes existem um procedimento no qual devemos recolher informações de comportamento da pessoa a qual estamos avaliando.
Os modelos da TRI (Teoria de Respostas ao Item) são utilizados num grande número programas de avaliação de aproveitamento académico.

Esta expansão tem produzido tanto no plano teórico como no das aplicações práticas. Ela fornece soluções satisfatórias a problemas difíceis de resolver pela TCT.
Neste estudo também aprendi que existem os testes individuais e os colectivos, onde podemos dizer que o individual é mais rápido de se aplicar do que o colectivos pois o colectivos possui de múltiplas escolhas.

Através do teste de inteligência podemos saber os níveis de rendimento mais altos que uma pessoa possa alcançar com idade de 2 aos 94 anos. No teste de personalidade ajuda-nos a conhecer como uma pessoa se comporta com idade entre 6 anos a adultos. Enfim podemos avaliar muitas outras características de uma pessoa através dos testes psicométricos.

Ficha de Leitura II - Telma Ourives [18333]

As técnicas psicométricas e os testes psicológicos subjacentes a elas, tema abordado neste capítulo, revestem-se de grande importância na área da Avaliação Psicológica, pois, são estas técnicas os instrumentos aos quais os psicólogos recorrem quando necessitam de fazer qualquer tipo de avaliação – predição, classificação, diagnóstico, etc. Os testes, segundo Cattell (1890), são instrumentos de recolha de amostras de comportamento de um indivíduo, com a finalidade de estimar um repertório ou inferir um construto psicológico, suficientemente sistemático que possa ser repetido e fonte de comparação. É, pois, com base nos resultados e comparações feitas entre indivíduos que são geradas normas padronizadas, nas quais nos vamos apoiar para tecer comentários, opiniões acerca de determinada pessoa ou grupo de pessoas.

A elaboração deste trabalho revelou-se deveras gratificante, não só pela possibilidade de, mais uma vez, podermos partilhar “pensares e saberes”, mas também porque nos permitiu entender melhor todo o trabalho envolvido na elaboração de qualquer tipo de teste. Quando temos acesso apenas à versão final dos testes, não temos a noção de todo o trabalho e empenho prestado para que se chegasse ali. Pois para que todos, psicólogos ou não, possam aplicar estes testes e fazer ilações acerca de qualquer coisa que se pretenda avaliar, houve quem dedicasse algum do seu tempo a torná-lo possível. Para que um teste seja fiável na sua aplicação, há que seguir uma série de passos e ter em consideração diversos factores, tais como a população alvo a que se destina o teste, o contexto onde deverá ser aplicado, a variável que se pretende medir/avaliar, a clareza e congruência do discurso utilizado e dos itens escolhidos, a possível existência de variáveis parasitas ou não, a validade estatística, entre outros. É, pois, fundamental que, antes da versão final se dar por terminada, se aplique a uma amostra representativa da população a que se destina para obter dados que permitam analisar a fiabilidade e validade dos resultados, numa tentativa de colmatar quaisquer erros atempadamente. Todo o processo envolvido na elaboração de um teste revela-se, na minha perspectiva, difícil e moroso, no qual o mínimo deslize, o mínimo erro ou desatenção pode fazer com que se tenha de rever tudo de novo e começar do início.

No entanto, penso que, apesar de todo o cuidado na elaboração dos testes, não poderemos tomar os seus resultados como verdades absolutas, pois, cada caso é um caso. No meu entender, e visto que o Homem é um ser em constante mutação, é importante observar e analisar cada pessoa individualmente. O ser humano está constantemente a ser influenciado pelo meio que o envolve, mudamos atitudes, comportamentos, formas de estar em prol do que pensamos, do nosso estado de espírito naquele momento, ou mesmo das pessoas com quem convivemos. Ao utilizarmos este tipo de testes, temos que ter em conta que os resultados poderão não ser tão precisos quanto gostaríamos que fossem, uma vez que o ser humano é demasiado complexo para ser “medido”. Os testes não devem ser considerados como avaliadores, mas sim como auxiliares de avaliação.

Ficha de Leitura II - Florbela Estrada [24176 TE]

A análise deste texto sobre as técnicas psicométricas (testes psicológicos) e consequente elaboração da ficha de leitura, revelou-se de grande interesse pessoal, na medida em que há algum tempo que esta técnica me fascinava e despertava curiosidade.

Os testes psicológicos, apesar de terem uma história relativamente curta, têm vindo a ser aplicados por varias áreas, em diferentes contextos, com diferentes objectivos e em distintas faixas etárias.

O facto de observar o crescente interesse pela utilização deste instrumento, e deste ser aplicado a diferentes idades e com distintas finalidades, despertou em mim, uma enorme curiosidade e consequentemente vontade de “ser testada” de modo a poder observar (na perspectiva de participante observado) os seus critérios, tipo de questões e de que forma esse teste, que apenas permite obter um conjunto de respostas directas e fechadas (e por isso aparentemente limitado), poderá fornecer informação sobre mim, ou qualquer outro indivíduo, credível e fiável, mas considerada pelas diferentes áreas que a solicitam, suficiente (ou quase suficiente) para obter informação pessoal e avaliativa sobre uma pessoa.

Um dos aspectos que mais me impressiona é saber que dos resultados obtidos com este tipo de instrumento, poderá depender o futuro de um qualquer indivíduo, quer ao nível profissional, académico, ou outro e que este tipo de avaliação influi grandemente nas suas escolhas e opções de vida. Será que podemos confiar nos seus resultados, ao ponto de permitirmos que controlem as nossas decisões ou as de outros em relação a nós?

Numa perspectiva muito geral, este trabalho permitiu-me conhecer os critérios rígidos e muito bem estruturados com que este tipo de testes é elaborado e testado, em função das diferentes finalidades de aplicação, objectivos de avaliação, população alvo, flexibilidade e capacidade de adaptação ao nível (linguístico, educacional e cultural) dessa mesma população, bem como o controlo rigoroso da qualidade dos mesmos, que permitem torná-los fiáveis.

No entanto, também se tornou possível reflectir sobre a importância que deve ser atribuída a todos estes factores (os quais são continuamente analisados e actualizados com vista a melhor a qualidade dos testes psicológicos) por parte do utilizador, e da seriedade que deve ser atribuída aos resultados obtidos, embora estes, possam e devam ser completados com outras informações relevantes, obtidas através de outros instrumentos.

Assim, pessoalmente, entendo que este instrumento é um importante ponto de partida para qualquer tipo de trabalho e/ou investigação psicológica, mas não deverão ser descurados outros que se encontrem disponíveis ao nível da avaliação, essencialmente dada a complexidade e unicidade do ser humano.

Ficha de Leitura II - Fátima Esturrenho [24172 TE]

No seguimento do artigo anterior que me permitiu perceber um pouco melhor de como se processa a avaliação psicológica, qual é o seu objecto e quais os seus objectivos, a leitura deste artigo e elaboração da correspondente ficha de leitura, permite-me conhecer as principais aproximações à construção de testes e o seu processo de construção segundo a teoria clássica dos testes e segundo a teoria de resposta ao item, conhecer os principais testes de inteligência e de personalidade e, ter uma visão dos testes e da sua contribuição para a avaliação psicológica e para a psicologia.

Segundo McKeen Cattell (1890) um teste, constitui um procedimento de recolha de amostras de comportamento de um indivíduo para estimar um repertório ou inferir um construto psicológico suficientemente sistemático para ser repetido e comparável.
Um teste psicológico apresenta como características fundamentais, o facto de possuir material, instruções e modos de aplicação e interpretação estandardizados; faz com que o resultado obtido pelo sujeito seja independente do profissional que realiza a avaliação; é quantitativo, isto é, oferece um resultado numérico e está tipificado, o que significa que a sua interpretação só tem sentido a partir da comparação das pontuações obtidas pelo sujeito com um grupo que se estabelece como norma.
Como refere o artigo, talvez a maior alteração em relação aos métodos psicométricos das últimas décadas tenha sido a substituição gradual da teoria clássica dos testes pela teoria de resposta ao item, uma vez que esta permite modelos com maior flexibilidade no processo de elaboração de testes e de análise das respostas das pessoas avaliadas, a equivalência entre as traduções dos testes a diferentes idiomas, a sua similaridade, entre outras.

Em diversos momentos da história da avaliação psicológica se produziram ou um questionamento ou uma crítica aos testes que parecia poder provocar o seu desuso. No entanto, os testes psicológicos continuam a ser hoje um dos instrumentos mais utilizados e, provavelmente o continuarão a ser no futuro, melhorados nos seus desenhos, nas suas garantias e quem sabe também nos custos, graças ao desenvolvimento da ciência.
No seguimento desta ficha de leitura espero, na componente prática desta disciplina, vir a contactar com alguns testes de avaliação, para compreender melhor a sua funcionalidade e aplicabilidade.

 
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