Ficha de Leitura II - Florbela Estrada [24176 TE]

A análise deste texto sobre as técnicas psicométricas (testes psicológicos) e consequente elaboração da ficha de leitura, revelou-se de grande interesse pessoal, na medida em que há algum tempo que esta técnica me fascinava e despertava curiosidade.

Os testes psicológicos, apesar de terem uma história relativamente curta, têm vindo a ser aplicados por varias áreas, em diferentes contextos, com diferentes objectivos e em distintas faixas etárias.

O facto de observar o crescente interesse pela utilização deste instrumento, e deste ser aplicado a diferentes idades e com distintas finalidades, despertou em mim, uma enorme curiosidade e consequentemente vontade de “ser testada” de modo a poder observar (na perspectiva de participante observado) os seus critérios, tipo de questões e de que forma esse teste, que apenas permite obter um conjunto de respostas directas e fechadas (e por isso aparentemente limitado), poderá fornecer informação sobre mim, ou qualquer outro indivíduo, credível e fiável, mas considerada pelas diferentes áreas que a solicitam, suficiente (ou quase suficiente) para obter informação pessoal e avaliativa sobre uma pessoa.

Um dos aspectos que mais me impressiona é saber que dos resultados obtidos com este tipo de instrumento, poderá depender o futuro de um qualquer indivíduo, quer ao nível profissional, académico, ou outro e que este tipo de avaliação influi grandemente nas suas escolhas e opções de vida. Será que podemos confiar nos seus resultados, ao ponto de permitirmos que controlem as nossas decisões ou as de outros em relação a nós?

Numa perspectiva muito geral, este trabalho permitiu-me conhecer os critérios rígidos e muito bem estruturados com que este tipo de testes é elaborado e testado, em função das diferentes finalidades de aplicação, objectivos de avaliação, população alvo, flexibilidade e capacidade de adaptação ao nível (linguístico, educacional e cultural) dessa mesma população, bem como o controlo rigoroso da qualidade dos mesmos, que permitem torná-los fiáveis.

No entanto, também se tornou possível reflectir sobre a importância que deve ser atribuída a todos estes factores (os quais são continuamente analisados e actualizados com vista a melhor a qualidade dos testes psicológicos) por parte do utilizador, e da seriedade que deve ser atribuída aos resultados obtidos, embora estes, possam e devam ser completados com outras informações relevantes, obtidas através de outros instrumentos.

Assim, pessoalmente, entendo que este instrumento é um importante ponto de partida para qualquer tipo de trabalho e/ou investigação psicológica, mas não deverão ser descurados outros que se encontrem disponíveis ao nível da avaliação, essencialmente dada a complexidade e unicidade do ser humano.

0 comentários:

Enviar um comentário

 
©2009 Percursos em Torno de... | by TNB