Na sequência da elaboração da ficha de leitura 4, foi-nos solicitada a realização de um trabalho prático de observação, no qual deveríamos empregar os conhecimentos teóricos adquiridos. Assim, era imperativo delimitar qual o comportamento a observar, qual ou quais as unidades de medida, qual a técnica mais adequada à situação, bem como quem iríamos observar, onde, quando e durante quanto tempo.
Com o objectivo de proceder, então, à elaboração do plano de observação, decidimos, antes de mais, que a nossa observação iria decorrer em contexto natural. Posto isto, e após alguma discussão para decidir qual seria a situação a estudar, decidimos que iríamos observar uma das funcionárias da Biblioteca do Colégio Luís António Verney, uma vez que, em ocasiões anteriores, esta nos tinha já despertado a atenção pela frequência com que saía da recepção única e exclusivamente para arrumar as cadeiras que se encontravam fora do lugar. Sendo esta uma das suas tarefas, poderia não ser digna de nota, não fosse o facto deste comportamento nos parecer um pouco compulsivo. Achámos, pois, que poderia ser interessante enquanto objecto de estudo para este trabalho.
Expomos, de seguida, o plano de observação que elaborámos:
Condições da Observação | Decisões |
Unidade a observar | Acto de arrumar cadeiras |
Unidade de medida | Frequência |
Técnica | Registo de conduta |
Quem se vai observar | “Maria”, funcionária da Biblioteca onde decorrerá a observação |
Onde se vai observar | Biblioteca do Colégio Luís António Verney |
Tempos de observação | Tempo total - 1h |
Quem vai observar | O grupo 3 |
A nossa observação teve lugar no dia 14 de Maio, tendo sido iniciada às 15:30. Utilizámos, assim, uma grelha para registo de conduta elaborada a priori. Convém realçar que durante todo o tempo de observação estivemos extremamente atentas a todos os movimentos da “Maria”. Constatámos que ela saía frequentemente da recepção e circulava pelo corredor, olhando sempre tudo à sua volta. Tal “fiscalização” tinha um objectivo: arrumar qualquer cadeira ou livro que se encontrasse fora do lugar. No que respeita ao comportamento específico de arrumar cadeiras, verificámos que sempre que se ouvia uma cadeira a ser arrastada ela imediatamente se levantava a fim de conferir se alguma se encontrava desarrumada. Caso estivesse, arrumá-la-ia no mesmo instante. Essa situação verificava-se mesmo quando as pessoas se levantavam temporariamente. Até às 16:30h, hora a que demos por terminada a nossa observação, apurámos que a “Maria” manifestou o comportamento alvo de estudo por treze vezes, tal como se pode confirmar na tabela abaixo. Aquando da sua ocorrência registámos sempre a respectiva hora, o que serve de suporte para confirmar a frequência do comportamento observado.
Atrevemo-nos a especular que esse comportamento estará de tal forma enraizado que ela o pratica de forma quase automática, pelo que podemos ainda acrescentar que a “Maria” é, provavelmente, uma pessoa perfeccionista e organizada.
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