Ficha de Leitura V - Fátima Esturrenho [24172 TE]

O artigo “La entrevista” de María Oliva Márquez, foi o último dos artigos que abordaram as temáticas abordadas na disciplina de Modelos e Processos de Avaliação em Psicologia.

A execução da ficha de leitura sobre este artigo permitiu-me consolidar alguns conhecimentos anteriores sobre a execução de uma entrevista e, no contexto da avaliação psicológica conhecer as diferentes funções da entrevista ao longo do processo de avaliação; distinguir os diversos tipos de entrevista (clínica, de selecção, de orientação, etc.), assim como as melhores perguntas que a integrar para averiguar as questões relevantes. Permitiu-me ainda conhecer os erros mais comuns na entrevista e as estratégias existentes para tentar evitá-los e ser capaz de programar, executar e validar uma entrevista num caso concreto.

A entrevista é o instrumento de avaliação que precede qualquer tipo de intervenção ou processo de tomada de decisão num formato interactivo mediante o qual realiza o processo de avaliação.

A entrevista é, assim, um procedimento bastante utilizado, uma vez que poderá dar resposta a diversos objectivos, nomeadamente: conseguir informação ou oferecer informação em avaliação e intervenção psicológica.

Actualmente, é uma das técnicas mais utilizadas no contexto clínico, sendo um procedimento insubstituível no momento da primeira recolha de informação, sempre que as condições do paciente assim o permitam uma vez que é um instrumento que auxilia a recolha de dados através de auto-relatos ou de hetero-relatos do sujeito avaliado, o que revela não só a sua importância, mas também os seus pontos fortes e as suas fragilidades.

O entrevistador é o responsável por dirigir e controlar os aspectos que fazem parte deste complexo processo de avaliação, isto é, de conhecer e controlar os comportamentos verbais e não verbais, de conduzir a informação procedente destes canais e controlar a distribuição de papéis (entrevistador e entrevistado), tal como assegurar o conhecimento sobre a natureza dos conteúdos inerentes ao mesmo.

Como foi abordado nas aulas, o estabelecimento de empatia no primeiro contacto de entrevista é extremamente importante para que o cliente se sinta à vontade para partilhar os seus problemas com o psicólogo. Se não sentir que existe uma compreensão do seu ponto de vista por parte do psicólogo, a relação psicólogo-cliente pode terminar ali, naquela primeira sessão.

Como anexo e para complementar esta ficha de leitura, foi-nos solicitada a tarefa de realizar (por simulação) duas entrevistas, em contextos diferentes, para as quais deveríamos também construir os respectivos guiões e, efectuar as análises correspondentes.

Foi aqui que começaram as dificuldades, uma vez que tal como a professora nos indicou, ao dirigirmo-nos à testoteca para consultar guiões que nos ajudassem na elaboração dos nossos próprios, verificamos que não existia muita variedade e, nas pesquisas que efectuamos na internet, os que encontramos eram também demasiado específicos. No entanto, acabamos conseguindo construir dois guiões: um na área clínica, outro organizacional.

Difícil também foi decidir quem ia representar os papéis de entrevistadoras e de entrevistadas, uma vez que estas tinham que simular uma situação da qual não tinham qualquer experiência. Tentamos para minimizar esse problema documentar-nos através de leituras e conversas com pessoas conhecidas dos assuntos que iríamos abordar nas nossas entrevistas.

Ultrapassado esse problema e realizadas as entrevistas, ficou à semelhança do trabalho realizado com o tema da observação, a falta de acompanhamento competente e posterior feedback ao trabalho realizado, para que pudéssemos perceber se desenvolvemos um bom trabalho, com utilidade prática, se o contexto fosse real.

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