Ficha de Leitura I - Florbela Estrada [24176 TE]

O presente artigo permite-nos obter uma perspectiva geral sobre os procedimentos a considerar em avaliação psicológica, bem como os diversos contextos avaliativos e seus procedimentos.
Os objectivos da avaliação psicológica, assim como as áreas e categorias de aplicação tem sofrido alguma evolução ao longo dos anos o que obriga a uma maior especificidade e rigor adaptativo a cada uma dessas dimensões, ao nível das técnicas e métodos de aplicação. Assim, e dada a sua complexidade bem como rigor científico que se pretende atribuir (na medida em que é uma técnica avaliativa de grandes dimensões e solicitada por uma grande diversidade de organismos e técnicos diferenciados, ou mesmos por sujeitos com características individuais bastante pronunciadas), é fundamental que sejam bem definidos, o recurso às diferentes técnicas definidas, bem como os métodos rigorosos a utilizar consoante o objectivo da avaliação.

Actualmente os procedimentos de avaliação psicológica poderão aplicados e/ou ser solicitados com o objectivo de efectuar: diagnósticos (orientada para casos clínicos); orientar (requerida pelos próprios sujeitos); selecção (solicitada por organizações ou empresas); tratamento e/ou alterações de comportamentos (solicitada por indivíduos, grupos ou organizações). Nas três primeiras dimensões aplica-se o método correlacional (o qual inclui a aplicação de 4 fases ou momentos), podendo este ser auxiliado pelo método experimental, no que respeita ao tratamento e/ou alterações de comportamento (que inclui 9 fases ou momentos). Este última envolve uma maior complexidade bem um acompanhamento mais prolongado (consoante a evolução do caso). Todas estas fases deverão ser aplicadas de forma ordenada e progressiva e não de forma aleatória.
Em todos eles o avaliador deverá considerar para além dos objectivos da avaliação, outros aspectos considerados relevantes que possam fornecer informações sobre os sujeitos e assim proceder à aplicação de técnicas mais especificas e consideradas adequadas consoante os casos e/ou situações. Apenas deverão ser efectuadas avaliações definitivas depois de aplicadas diversas técnicas que confirmem os dados e não contradigam os resultados.

Em qualquer destas dimensões a avaliação psicológica pressupõem sempre uma interacção entre avaliador/avaliado. O avaliador, enquanto técnico, desempenha um papel importante neste procedimento mas não mais importante que a colaboração do avaliado.
O avaliador dispõe assim de um conjunto de técnicas de recolha de informação, como: observação, auto-relatos, testes e outras, as quais poderão ser utilizadas de forma individualizada ou algumas delas em paralelo, com vista a confirmarem as hipóteses formuladas.
Embora a abordagem deste artigo sobre o processo de avaliação psicológica seja muito genérica, conseguiu despertar a minha curiosidade para futuras pesquisas sobre as técnicas de avaliação. O que aparenta ser um procedimento relativamente simples, promete vir a revelar-se de grande complexidade e envolto em característica e especificidades consoante o objectivo da avaliação. No entanto, esta abordagem inicial era fundamental para compreender e assimilar os conceitos base inerentes ao processo de avaliação psicológica.

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