Teste de Assertividade de Graz (GAT)

I. Informação geral para a identificação da prova psicológica

1 – O nome da prova psicológica é Teste de Assertividade de Graz (GAT).

2 – O autor desta prova é Rudolf Skatsche.

3 – A prova foi publicada por Dr. Gernot Schuhfried Gesellschaft m.b.H.

4 – Não. Existe apenas uma versão da prova, a qual possui 99 itens.

5 – Apesar de ter sido consultado o site da editora, não foi possível encontrar tal informação.

6 – A aplicação da prova demora aproximadamente 15 minutos.


II. Informação acerca da prova

1 – Sim. O capítulo 5 do manual do GAT expõe a forma de aplicação do teste, enquanto o capítulo 6 oferece considerações acerca da interpretação dos resultados (pp.10,11).
Vale a pena referir que, uma vez que este teste é aplicado no âmbito do Sistema de Testes de Viena (e, portanto, através de um programa informatizado), as instruções não são fornecidas pelo operador de testes. Tal garante a objectividade do teste, bem como uma aplicação e avaliação bastante económicas (p.7).

2 – Não existe informação explícita quer quanto à última revisão da prova, quer quanto à última revisão do manual, apesar de depreendermos que terão tido lugar em Fevereiro de 2006. Relativamente às normas, existem dados relativos à população portuguesa através dos quais é possível deduzir que a última revisão das mesmas foi realizada em 2003, visto que, de acordo com o manual, foi levada a cabo neste ano a última recolha de dados (pp.1 e 8).


III. Apoios para a interpretação dos resultados da prova

1 – Sim. É-nos dado a saber que este teste foi originalmente concebido como instrumento de screening social e clínico para a identificação rápida de défices ao nível da autosegurança e competência social em adultos, e também no planeamento terapêutico. No entanto, veio a revelar-se ainda útil enquanto instrumento de pesquisa em diversas questões da psicologia diferencial da personalidade (p.5).

2 – O manual não oferece informações no que respeita às qualificações necessárias para a aplicação da prova e interpretação dos seus resultados. Contudo, tal talvez esteja relacionado com o facto de esta ser uma prova informatizada, pelo que não requer praticamente qualquer intervenção da parte do operador de testes.

3 – Sim, se tivermos em conta a simplicidade com que tal se realiza nesta prova, fruto do seu carácter informatizado.

4 – Não. As informações fornecidas pelo manual acerca desta questão não são apresentadas em termos quantitativos. Apenas é referido que existem correlações de diferente ordem entre a presente prova e outros inventários de personalidade, e que não se verifica qualquer correlação significativa entre a prova e a idade, sexo e quociente de inteligência (p.4).


IV. Validade

1 – Sim, apresenta estudos por inferências, que são: idade, sexo e quociente de inteligência.

2 – Sim, além de correlações com diversos inventários da personalidade, correlações com idade, sexo e quociente de inteligência. Dessa forma, registaram-se correlações negativas com as escalas de agressividade do FAF e correlações negativas bastante significativas com a "ansiedade" (avaliada com o STAI de Spielberger).
A idade, o sexo e o quociente de inteligência não se correlacionam de modo significativo com as escalas do GAT.

3 – Exacto, o manual define muito bem como devemos dominar e indica claramente como proceder na operação. Podemos ver esses procedimentos na página 10 ponto 5 na " Aplicação do Teste".

4 – O manual não fornece informações suficientes para a resposta desta questão.

5 – Sim. Elas são apropriadas para objectivos da prova, pois nos mostra do que se trata a prova (p.8).

6 – Elas são apresentadas de forma explícita e quem lê pode ajuizar sobre o grau de confiança, vemos isso no item da Fiabilidade (p.7).

7 – Os fundamentos ou seja os resultados da interpretação são apresentados de forma clara e diferenciada, sua simplicidade o diferencia. Eles estão adequadamente apresentados, uma vez quando lemos logo entendemos.

8 – Sim. Não se prever por exemplo, que indivíduos sem conhecimentos de informática sejam prejudicados.


V. Fidelidade

1 – No Teste de Assertividade de Graz, foram efectuadas algumas investigações com vista a confirmar a sua validade, nomeadamente dois estudos que permitiram confirmar a necessidade de factorização do teste, outros três estudos realizados entre “pacientes psiquiátricos” e “indivíduos normais”, dos quais se destacou o grupo de indivíduos “normais”. Foi ainda realizada uma comparação entre este tipo de teste e outros semelhantes, que confirmaram a necessidade de adicionar outros construtos no que respeita aos seus componentes factoriais.

2 – Nas escalas de Gat não se verifica correlação entre os itens: idade, sexo e quociente de inteligência. Em comparação com outros inventários de personalidade, evidenciaram-se correlações negativas. Foram ainda realizados testes com uma amostra diversificada e heterogénea com vista a comprovar a sua validade ao grupo a que se destina.

3 – Para comprovar a fiabilidade deste teste foram utilizadas as escalas do GAT, obtendo-se assim, coeficientes de consistência (Alfa de Cronbach) e coeficientes Split-half.

4 – Não foi apresentado outro formato da prova.

5 – Verifica-se ao nível dos cinco itens que constituem o teste, que cada um deles se correlacionam com características e comportamentos específicos a avaliar em cada um deles. No entanto, não se verifica a existência de correlação entre os cinco itens, sendo que o valor do teste resulta da soma dos valores obtidos em cada um.

6 – O manual da presente prova não refere qualquer dado quanto à estabilidade da performance ao longo do tempo.


VI. Aplicação e cotação da prova

1 – Não tivemos acesso à prova, a fim de verificar se as instruções eram suficientemente claras e explícitas, de forma que, quem for aplicar a prova possa repetir (duplicar) as condições sobre as quais as normas foram estabelecidas e em que a fidelidade e a validade dos dados foram obtidas. Podemos apenas referir, segundo o manual (p.10), que as instruções são apresentadas no próprio teste, sendo também explicado qual o objectivo do teste. Assim, o teste é efectuado da seguinte forma: cada um dos itens do GAT são apresentados, um a um, no ecrã; as afirmações devem ser respondidas com “concordo” ou “não concordo”.

2 – A prova é aplicada por computador, está, pois, inserida no programa informatizado “Sistema de Testes de Viena”.

3 e 4 – Visto esta ser uma prova informatizada, o registo dos dados, cotação dos mesmos e comparação com as normas são efectuados de forma automática e sem a intervenção do operador de testes (p.7).


VII. Tipos de escalas e normas

1 – O ponto “Quadro de referência teórico” refere que existem 5 escalas de análise factorial, indicando o que avaliam e de quantos itens são compostas. Não é indicada a forma como os resultados são comunicados ao examinado (p.3).

2 – O cálculo dos valores normalizados efectuou-se sob a forma de percentis para cada valor bruto. Para além das normas gerais existem normas por idade, por sexo e por nível de escolaridade (p.8).

3 – As populações estão claramente definidas e descritas. É seleccionada uma amostra representativa de sujeitos, que realizam o teste na versão papel-e-lápis para comparação com os desempenhos na versão informatizada (p.4).

4 – Existe apenas uma versão da prova (p.3).

5 – O manual não faz referência a normas locais.

6 – A aplicação e avaliação da prova são informatizadas (p.7).

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