Matrizes Progressivas - Standard de Raven (SPM)

I. Informação geral para a identificação da prova psicológica

1 – O nome da prova psicológica é Matrizes Progressivas Standard (SPM).

2 – O autor da prova é John C. Raven. Porém, os autores do manual são, além do autor da prova, J. H. Court e John Raven.

3 – A adaptação electrónica e tradução portuguesa foram realizadas em 1986 pela Harcourt Assessment, Inc., U.S.A.. A prova foi publicada em Portugal pela Infoteste D.L. em 1997 e em 1999.

4 – Sim. Existem cinco versões da prova:

o Versão S1 – versão standard, com 60 itens;

o Versão S4 – versão reduzida com 32 itens homogéneos;

o Versão S5 – semelhante à versão S4, embora com tempo limite de 15 minutos. Esta versão é usada especialmente para selecção de pessoal;

o Versão S6 – Versão reduzida para Psicologia do Tráfego;

o Versão S7 – Versão paralela à versão standard S1.
Importa referir que todas elas foram aferidas para a população portuguesa.

5 – O preço da prova ronda os 150 euros (195.00 USD).

6 – Dependendo da idade e da capacidade de desempenho do examinado, a duração do teste situa-se, geralmente, entre os 10 e os 30 minutos. No entanto, nas versões S1 e S7, poderá por vezes chegar os 60 minutos. De acordo com a experiência, devem-se acrescentar cerca de 5 minutos para a fase de instruções.


II. Informação acerca da prova

1 – Além do pequeno manual que acompanha o teste, existe um outro manual, “Manual do SPM” de J. C. Raven, J. Raven e J. H. Court (1999), onde podemos encontrar uma descrição detalhada do teste, informação acerca dos critérios de validade, apoio interpretativo, dados relativos às normas para a versão em papel-e-lápis, assim como uma lista completa das referências bibliográficas.

2 – A última revisão da prova foi feita em Janeiro de 2005.


III. Apoios para a interpretação dos resultados da prova

1 – O manual fornece informação acerca dos objectivos e aplicações da prova:
o Versões S1 e S7: Pacientes com disfunções orgânicas, pacientes psiquiátricos, operários, candidatos a emprego. No caso particular de Portugal, esta prova pode ser aplicada ao nível da Formação Profissional, Orientação Vocacional e Selecção;

o Versão S4: Candidatos a emprego, indivíduos à procura de emprego;

o Versões S5 e S6: Candidatos a emprego.

2 – O manual não fornece informações claras.

3 – O manual não fornece informação sobre o assunto.

4 – O manual não fornece informação sobre o assunto.


IV. Validade

1 – Sim. Uma vez que este teste avalia a inteligência geral, realizaram-se estudos de forma a averiguar as correlações do SPM com o rendimento escolar e com outros testes de inteligência e de desempenho (p.5).

2 – Não. O manual da prova não faz referência às correlações entre os itens e o resultado total na prova como prova de validade.

3 – Sim. O conceito de “inteligência geral” é definido como raciocínio dedutivo/lógico, o qual se traduz na capacidade de reconhecimento de um padrão (ordem) numa estrutura desordenada, constituindo-se mesmo como uma das principais componentes do Factor G, segundo Spearman (p.4). É, ainda, definido como “as capacidades fundamentais para os variados desempenhos do quotidiano” (p.5). Quanto aos procedimentos utilizados para a sua operacionalização não dispomos de informação a esse respeito.

4 – O manual da prova identifica as variáveis critério utilizadas (rendimento escolar; desempenhos em Matemática; outros testes de inteligência e de desempenho), mas não são explicitados os seus diferentes níveis.

5 – Não existe no manual qualquer referência às amostras utilizadas para estimar a validade por referência a critérios.

6 – São-nos apresentados os níveis de significância das correlações efectuadas entre os resultados obtidos na prova (preditores) e a realização dos sujeitos em critérios externos (variáveis critério), os quais se supõe estarem associados à dimensão psicológica que a prova avalia (inteligência geral). Assim, ficamos a saber que as correlações do SPM com o rendimento escolar atingem valores entre r=.26 e r=.82 e que as correlações com outros testes de inteligência e de desempenho se situam entre r=.54 e r=.86. O manual refere, ainda, que foram realizados estudos de análise factorial que apresentaram saturações elevadas no Factor G, não sendo raras saturações até .94 (p.8). No entanto, no que respeita àquelas que foram as correlações mais elevadas encontradas (desempenhos em Matemática, nas áreas técnica e científica) não dispomos de quaisquer valores.

7 – Não são concedidas informações acerca de possíveis interpretações.

8 – Sim. É tida em consideração, por exemplo, a possível falta de experiência em computador, o que é controlado pela fase de instruções, na qual o sujeito é ensinado a introduzir as respostas através de um “programa de treino” que lhe proporciona feedback relativamente ao seu desempenho, o que garante, assim, que o sujeito compreende a tarefa a realizar (pp.8,9). Encontram-se, também, disponíveis amostras de aferição normalizadas oriundas dos mais diversos meios sócio-culturais, pelo que é possível a selecção das normas que mais se adeqúem a um determinado examinado. Tal oferece uma melhor garantia no que respeita a potenciais ameaças relacionadas com dificuldades de linguagem ou de aprendizagem.

Em suma: Em que medida a validade apresentada justifica o uso da prova, sugerido neste manual, ou o uso que nós pretendemos fazer dos resultados da prova?
A validade apresentada justifica o uso da prova na medida em que existem correlações entre a prova e o rendimento escolar cujos valores atingem 0.82. Existem ainda correlações com outros testes de inteligência e desempenho cujos valores atingem 0.86 e uma análise factorial que apresenta saturações elevadas no Factor G com valores que chegam até 0.94 (p.8).


V. Fidelidade

1 – A validade dos resultados é controlada a partir da comparação dos valores brutos com os valores esperados para cada série. É analisado o padrão de respostas quanto a um eventual falseamento intencional dos resultados.

2 – Os dados de aferição da prova descrevem claramente as amostras e parecem apropriados para os seus objectivos.

3 – Os coeficientes de fidelidade do SPM são calculados através do método Split-half e teste-reteste, obtidos em populações de diferentes culturas e grupos etários. Os coeficientes de consistência interna foram determinados a partir do erro-padrão da medida.

4 – Existem várias versões, entre elas a versão convencional (S1), segundo Raven, com 60 itens; versão reduzida (S4) com 32 itens homogéneos, segundo Rasch; Versão S5, semelhante à versão S4, mas com tempo limite de 15 minutos; versão reduzida (S6) para a Psicologia do Tráfego (são apresentados os 47 itens mais simples) e, uma versão paralela à versão standard (S7), com 60 itens. Existem várias normas comparativas provenientes da versão papel-e-lápis e da versão informatizada para as versões S1 e S7.

5 – A prova apresenta inter-relações elevadas ao nível da matemática nas áreas técnica e cientifica e correlações igualmente elevadas com outros testes de inteligência e desempenho. Estas correlações sustentam que o SPM é uma forma de avaliar a inteligência geral com base no raciocínio dedutivo, demonstrando a consistência interna.

6 – Não existe no manual informação que nos ajude a perceber se é reaplicado o teste com vista à comparação de resultados.


VI. Aplicação e cotação da prova

1 – As explicações descritas no manual do respectivo teste são consideradas suficientes para a sua aplicação pelo avaliador. As instruções da aplicação do teste prevêem a prestação das informações fundamentais a prestar ao examinado, visando garantir a sua resolução adequada.
A prova estabelece normas comparativas entre as versões papel-e-lápis e informatizada, por idade, grupos sócio-profissionais e étnicos, adequados ao objectivo da avaliação.
É considerado o grau de consistência do desempenho do examinado, bem como dos resultados obtidos por comparação com os resultados esperados (normalizados) com vista a avaliar a sua fidelidade. É ainda avaliado um eventual falseamento intencional por parte do examinado, recorrendo a uma variável adicional. Fornece ainda indicações sobre os procedimentos a tomar perante resultados considerados como “não válidos” pelas razões acima mencionadas.
Informações detalhadas acerca dos critérios de validade encontram-se no Manual do SPM de J. C. Raven, J.Raven & J. H. Court (1999), assim como nos Suplementos de Pesquisa 3 e 4 (1990 e 1995).

2 – A prova prevê dois tipos de aplicação: papel-e-lápis e por sistema informático. A mesma garante que se encontram disponíveis os equipamentos necessários à sua aplicação informática e garante ainda a confiança nos resultados obtidos, na medida em a sua avaliação é objectiva e permitem um cálculo automático dos resultados.

3 – A cotação da prova é efectuada no local da prova e consideram-se fornecidas as informações necessárias aos procedimentos a considerar na sua cotação. Estes encontram-se descritos quer nas instruções da sua aplicação como no decorrer da sua aplicação, considerando alguns enviesamentos ou manipulações que possam ocorrer e sugerindo alternativas correctivas ou de considerações (notas adicionais).

4 – A cotação da prova permite fornecer uma análise dos resultados comparativos com outros estudos realizados, ao nível de diferentes grupos em diferentes países e em diferentes contextos de avaliação. Esta comparação apenas evidencia que as normas podem ser utilizadas tanto em testes de papel-e-lápis como em computador, na medida em que fornecem resultados senelhantes.


VII. Tipos de escalas e normas

1 – Qualquer técnico que tiver que interpretar a prova irá entender.

2 – Essas normas tornam-se apropriadas uma vez estando padronizadas ou em percentis.

3 – A população para as quais as normas se referem são crianças, adolescentes e adultos, elas estão claramente definidas e descritas. A população existente para efectuar comparações será através de teste de outros sujeitos.

4 – O manual não dispõe de tabela, no entanto existe demonstrações das cotações equivalentes referentes as diferentes versões.

5 – Sim, existe informações quanto ao valor das normas.

6 – Existe um programa disponível no computador para ajudar na interpretação da prova e no relatório escrito. No manual não há informações suficiente para que possamos dizer se o programa é ou não interactivo; no entanto podemos ver as sugestões acerca dos resultados da prova e possíveis conclusões definitivas.

Ex: Versão S4, quando fala: "...pode-se partir do pressuposto de que os examinados possuem uma elevada motivação para os testes

1 comentários:

Roberto Autran Nunes disse...

Meu Raven: 175.

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