O ser humano é um avaliador nato… observa, interpreta, atribui predicados, analisa e classifica em função das suas ideologias e valores pessoais. É comum efectuarem-se avaliações a partir dum primeiro olhar… dum primeiro contacto… duma primeira conversa… é essa capacidade que distingue o ser humano como ser racional. Será…?
É comum, em termos populares, efectuarem-se avaliações físicas e psíquicas relativamente a outras pessoas. Saca-se dos conhecimentos e informações que julgam ter sobre o conhecimento do ser humano e impiedosamente e sem mais delongas… cria-se uma imagem completa sobre a “vítima”. Está feito o retrato físico e psíquico do sujeito, “…eu raramente me engano…”, “conheço muito bem aquele tipo de pessoas…!”.
Estas avaliações surgem, por vezes, como mote de conversa sobre a vida alheia e desenvolvem-se, criam-se ideais… efectuam-se generalizações…, sobre o que se considera pertinente na caracterização de uma determinada pessoa. Passar do se pensa ser… para a crença de que de facto o é… encontra-se assim à distância das interpretações efectuadas.
Das avaliações populares que se fazem em todos os cantos do mundo para as avaliações identificadas como sendo de carácter científico, existe um grande abismo, conseguir dar esse salto implica recorrer a um conjunto de técnicas e métodos considerados cientificamente válidos, ser imparcial e treinar capacidades…
… o avaliador deverá evitar fazer juízos de valor!